30.11.09

Tirem o cavalinho da chuva, que eu saí de cima e deixei-o lá.

27.11.09

Vertigens

- E tu, para que alturas te mandas?
- Gosto de pensar que estou à altura de 1,69.

26.11.09

Clientes infernais

O meu novo blog preferido aventura-se na recolha de contributos anónimos de designers sobre «histórias de horror» vividas com os seus clientes. Chama-se Clients From Hell e versa com esta categoria:


1.
Prospective client: $400 for a logo?! Why are you so expensive? My nephew has Photoshop—I can just get him to do it.
Me: Does your nephew have Microsoft Word?
Prospective client: Yes.
Me: Then have him write you a novel while he’s at it.


2.
«When I get a business card this size (not 3.5 x 2 inches), I think that that person is a fag.»
— Client, after reviewing a 2 inch square business card proof


3. (genial)
A few years ago, after we finished presenting a design to a client, he removed his shoes, plopped his stocking feet up on the desk and said, “As you can see, you didn’t knock my socks off.”


4.
Client: I already know what I want for the logo. It’s a house, with a face, and it’s on wheels with an exhaust pipe coming out of the back which is shooting out smoke in the shape of dollar signs.


5.
«I’m thinking I want five or six different logos for my business. That way I can put a different one on my website, business cards, and t-shirts, and really stand out from the competition.»


6.
«Can you re-upload the photos on my site? I think they are fading from so many people clicking on them.»


7.
«We were wondering if you could possibly use snowflakes that look a little more masculine.»


8.
«Instead of edits or comments, I’ve just drawn sad faces in places where I don’t like the copy.»


bónus
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25.11.09

Manifesto #2

Espero que tenham odiado o post anterior. E pelos motivos certos.

24.11.09

Sem título

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Literary Review's 2009 bad sex in fiction prize


(Molly Young, everybody)


Estou muito satisfeita por ter sido incluída na lista das piores passagens literárias sobre sexo, uma de Philip Roth. Corre o mito contrário, de que nesse campo as suas capacidades são exímias, facto nem sempre comprovado. Há pelo menos duas passagens extremamente infelizes no Pastoral Americana. Será, contudo, de sublinhar que não me recordo das mesmas, mas da descrição de uma lindíssima cena de cama, sim. Ela chora no fim.

Everything in its right place

Que seria eu sem os meus lugares anónimos, sem os meus lugares privados, sem os meus lugares de visibilidade reduzida? Eu sei lá, não me perguntes a mim.

É o primeiro trailer deste blog. Longa vida ao Noah Baumbach.





- Can we take it slow? I just got out of a long relationship and I don't wanna go from just having sex to just having sex to just having sex.

- Who's the third «just having sex»?

- You. If we'd had sex.

rápi bersdei, babe

23.11.09

O Cineclube de Aveiro está de volta, yammy yammy yammy

Photobucket

O Cineclube de Aveiro/Cinema Oita reabriu esta quinta-feira, depois do habitual fecho de Verão. Estão já programadas as exibições até ao final do ano:

Sinédoque, Nova Iorque
de Charlie Kaufman (de 19 a 23 de Novembro)

Home - Lar Doce Lar
de Ursula Meier (de 26 a 30 de Novembro)

Welcome - Bem-Vindo
de Philippe Lioret (de 10 a 14 de Dezembro)

Mostra de Cinema Português
(de 17 a 19 de Dezembro)


Photobucket

Hoje é o último dia de exibição do Sinédoque, Nova Iorque. Quem não for é tanso.


Design dos cartazes: menina limão.

22.11.09

MANIFESTO

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[roubado ao Pedro Quintas e multiplicado pelo diabrete que há em mim.]

19.11.09

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© Indiana Caba


[press pause]

17.11.09

Help, we need help

Are you addicted to the internet? Begin healing process.

Give her a helmet, shield and lances

When I see a mother reading a book while her toddler quietly draws pictures across the table, I think that maybe one day I will have a child after all. But then it is never clear which person I am identifying with; perhaps what I really want is to draw pictures across the table from my mother.

Molly Young, no Magic Molly



(E este outro post impressionou-me por ser totalmente do meu universo.)

16.11.09

Rambóia

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Voltei para casa com o Bob Dylan, o George A. Romero e o Sófocles. Agora vamos divertir-nos juntos.

15.11.09

Cléo de 5 à 7

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Quero que saibas que regressei à minha disciplina um filme por dia, não sabe o bem que lhe fazia. E que esta tem sido a única maneira de terminar a leitura de Historia Del Cine (comprei-o em Barcelona), de Mark Cousins. Estamos todos contentes por mim, é um facto.

Mínimo denominador comum literário-sentimental

Mal por mal, qual escolherias: nada de dois ou menos que zero?

14.11.09

Bom fim-de-semana para todos e até para mim

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© Menina Limão

Ainda não percebi se combinar esteticamente com a casa-de-banho é cool ou só ridículo.

13.11.09

Experimenta

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© Menina Limão


Eu - Põe o pin no nariz.
Ela - Não era aí que o poria...

Voilà.

Menina Má tem raiva



[violentamente roubado aos Rui²]

12.11.09

That girl needs therapy


I ache in the places where I used to play.

[Leonard Cohen]

11.11.09

Frita

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© scilit ( in Orlando, the world's largest McDonald's shaped like a giant box of french fries)


O coordenador da equipa do McDonalds vestia uma pele alva, um chapéu adornado por caracóis e um evidente problema de ego. Era sua missão acalmar os ânimos das caixas registadoras quando lhes saltava a tampa e encorajar as fritadeiras com promessas de lavagens automáticas. Enquanto os empregados depositavam no tabuleiro as partes constituintes do meu pedido, ele circulava em seu torno, ora falando alto para toda a gente (eu) ouvir, ora cochichando e desestabilizando a equipa em risadinhas. Eu continuava à espera das batatas, correndo sérios riscos de hiperventilar. Fui então socorrida pelo superhomem, baixote e sério, com um pacote das desejadas na mão, atribuindo sentido à vida do meu tabuleiro, que pôde então ser transportado para fora do palco das festividades. Procurei uma mesa que ficasse separada daquela zona por uma parede e, em paz, meti uma batata à boca; mastiguei uma vez, mastiguei uma segunda, mastiguei uma terceira e à quarta olhei para cima, zona presencial do bobo da corte, surgido à dobra do muro sem aviso prévio. Ostentava um conjunto de expressões e gestos de profundo embaraço e pesar e, oh diabo, um pacote de batatas fritas. Peço imensa desculpa (mastigo a batata), mas o pacote que lhe deram era o errado (mastigo a batata), esse já ali estava há algum tempo (mastigo a batata) e quando esse tempo excede os sete minutos, já não servimos (mastigo a batata), é uma regra nossa, (mastigo a batata), aqui está o pacote certo (paro de mastigar a batata, olho paralisada, procuro a salvação, suplico pela salvação), mas não há problema nenhum (mastigo a batata), não estamos aqui para envenenar ninguém (engulo a batata).

9.11.09

Vês, vês?

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Do fantástico site Learn Something Everyday.

8.11.09

um murmúrio de oportunidades perdidas e toda a fúria


© Vera.

«– (...) Só isto me espera: fantasmas no estore da janela, sapatos de neve vermelhos, um murmúrio de oportunidades perdidas e toda a fúria, toda a angústia, todo o remorso, vozes, vozes e mais vozes; a boneca que se transforma em Ruth, as fachadas de pedra escura... de enxofre... transformadas em juízes, (...) uma fuga rumo à claridade matinal e à liberdade que nos oferece um posto avançado entre nós mesmos e a morte; apesar da morte e só ela surgir de manhã e já ser meia-noite, a manhã, e estarmos nós próprios esquecidos de tudo, mantendo-se apenas o abismo...»

Lunar Caustic, Malcolm Lowry

Em cheio na indecência

«Acabou a garrafa, procurou à volta um lugar onde pudesse deixá-la, e deu com um obsceno desenho de mulher a giz, traçado na parede. Com uma fúria inexplicável, atirou-lhe a garrafa e afastou-se a tempo de evitar estilhaços, convencido de que tinha acertado em cheio na indecência, na crueldade, na fealdade, na imundície e na injustiça deste mundo.»

Lunar Caustic, Malcolm Lowry

renascimento

«Porque muita gente é dada por louca só para a diferenciarem dos bêbados; quando afinal só é gente que um belo dia sentiu, e talvez de forma um tanto confusa, necessidade de uma mudança dentro de si, de um renascimento. A palavra é esta.»

Lunar Caustic, Malcolm Lowry

aquela sua entrega a torturadas memórias

«Bill sentou-se ao piano, swingou o Sweet and Low e deu conta, não sem tristeza, da fugidia perfeição daquela sua entrega a torturadas memórias; ele que saberia, se quisesse, evocá-las ali numa interpretação escorreita, não conseguiu ter essa interpretação escorreita.»

Lunar Caustic, Malcolm Lowry

Talvez a cura

«Meu Deus, pensou de repente, por que estou eu aqui, nesta desolação? E sem perceber muito bem o que lhe tinha acontecido, sentiu que acabava de fazer uma viagem até ao fundo, ao âmago endoidado do seu próprio universo: descobria que verdadeiro sentido ocultavam as inflamadas e retumbantes palavras, os sonoros títulos, os anos cheios de arrogância. Mas talvez a cura estivesse ali, pensou a olhar para o médico, ali estivessem o siso e a lucidez que ainda mais paciência revelam...»

Lunar Caustic, Malcolm Lowry

7.11.09

Músicos que nos adicionam no myspace e que ouvimos por favor e a quem no fim agradecemos #1


Iridium Flares - World Forgetting

Trashmate

Tem sido complicado gerir um espaço onde se admite a possibilidade de ao mesmo tempo a cama e a secretária estarem organizadas. Não sei se me estão a perceber: quando um gajo acorda e desfaz a cama toda, a acção que vem a seguir é pegar em toda a roupa da semana, devidamente acumulada em cima da cadeira, e fazê-la remoinhar no conjunto de cobertores de onde se acabou de sair, para libertar a cadeira e tudo ficar oceanograficamente organizado. Isto é um quarto ideal. As trevas chegam quando no mesmo espaço se põe uma secretária: para onde um gajo vai lançar as merdas que insistem em ultrapassar os pesticidas e germinam fluentemente pela terra fértil sobre a tampa de madeira? Para a cadeira, respondem os senhores. Para o caralho, respondo-vos eu. Depois quando queria ir para a cadeira tinha que remodelar tudo. (...) pmramires, no Shakira Kurosawa


Ora, por isso é que eu só uso a secretária para depositar a tralha e a cadeira para depositar a roupa e vou trabalhar para a sala. De preferência, uma qualquer fora de casa.

6.11.09

Who else

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Aguirre, der Zorn Gottes (ou Aguirre, O Aventureiro) é um objecto estranho mas identificado, não estivesse na cara (do Klaus Kinski) ser de Herzog. Num momento sofrível para a tripulação de uma jangada em crise de ansiedade, um pobre coitado refém do doidivanas seu líder, enquanto se tenta proteger das flechas lançadas pelos índios desde a vegetação cerrada, exclama «Não me pagam para morrer!». É muito bem visto. É inclusive muito bem visto junto de pessoas mal vistas como Klaus Kinski, que ameaçado por Herzog com um revolver, se vê obrigado a terminar o filme que quis, a dada altura, abandonar. E nós? Nós também somos atravessados por flechas e não abandonamos o barco. Mais tarde ou mais cedo, naufragamos. Não nos pagam para morrer, mas morremos sem defesas, vítimas do mais implacável índio invisível na paisagem. Tantas petições e nenhuma contra o Cupido, um estupor que tantas vezes se assemelha, ele sim, ao «grande traidor», à «Ira de Deus».

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A room with a view

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© Lina Scheynius

Fortinbras, um corte de cabelo marcado e zero cafés em dois dias – a história de uma desintoxicação

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© Ali Bosworth

Debrucei-me sobre os meus nove livros interrompidos a páginas tantas e percebi que não deixara em águas de bacalhau nenhum texto dramático. Não pode ser. Então peguei no Hamlet, li algumas páginas e empilhei-o juntamente com os outros. A nossa quota de pinta aumenta se estivermos a ler dez livros em vez de nove. Isto foi depois de ter acordado, como deves imaginar. Após três insónias consecutivas, à quarta noite dormi bem. Imaginas a minha felicidade ao despertar? Não imagines, não houve. Mas alívio, sim, senti-o, eu sei que o senti, eu estava lá. Tenho muitas saudades de estar .

Plotline

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A minha plotline.

5.11.09

Hopper

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© Menina Limão

3.11.09

«sentida homenagem»

Pela infeliz coincidência na escolha de uma expressão, pareço estar a endereçar o meu post anterior ao Bruno Sena Martins. Nada mais enganador. Que fique bem claro que eu, em plena posse das minhas faculdades mentais, jamais procuraria atacar tipos de elevado grau de pinabilidade com outros propósitos que não os da pinabilidade.

(E com esta ficamos quites, Maradona.)

Wikipedia saved my life

Morreu Claude Lévi-Strauss. Em dois dias, 90% dos caríssimos bloggers terão prestado a sua sentida homenagem.

1.11.09

É válido para a rádio e, vá lá, para o resto.

(...) porque quanto mais a rádio se recusa a ser minoritária mais as minorias vão fugir dela. O problema da massificação é que as massas não existem para depois virem agradecer o que se fez por elas.

A música de António Sérgio é a melhor, MEC, Público 17.set.2007

Domingos ladrões de estados de espírito razoáveis









Ladrões de Bicicletas, Vittorio De Sica (1948)

(Peço desculpa por desvirtuar o filme, mas um VHS e uma máquina fotográfica era tudo o que havia.)

«O Público errou», o vídeo não existe

Se quiseres companhia, abre a página oito do Ipsílon. Estou dentro de um carrinho de compras. Só custei 1,50€, vês que sorte? Não tens de quê.