8.11.09

Talvez a cura

«Meu Deus, pensou de repente, por que estou eu aqui, nesta desolação? E sem perceber muito bem o que lhe tinha acontecido, sentiu que acabava de fazer uma viagem até ao fundo, ao âmago endoidado do seu próprio universo: descobria que verdadeiro sentido ocultavam as inflamadas e retumbantes palavras, os sonoros títulos, os anos cheios de arrogância. Mas talvez a cura estivesse ali, pensou a olhar para o médico, ali estivessem o siso e a lucidez que ainda mais paciência revelam...»

Lunar Caustic, Malcolm Lowry