16.7.10

Ursula Rucker

Afinal, cá está ela: a entrevista a Ursula Rucker no programa Bairro Alto.
(Obrigada.)





«Hollywood ainda não nos deixa entrar e contar as nossas histórias... (...) Falei com muitos cineastas negros sobre essa dificuldade, a enorme luta que decorre... Não sei se viu um documentário feito por Mel Van Peebles, um documentário espantoso sobre a nossa exclusão do Cinema. (...) Os filmes que eles nos permitem são uma mutação das nossas histórias. O nosso amor e a nossa sexualidade nunca é tratada como deve ser, se quer saber, tanto em filme como na música.»


«A expressão "rede social" para mim significa o mesmo que "reality show". São lugares no ciberespaço que eram para ser de socialização, de comunicação. E poderemos nunca conhecer pessoalmente as pessoas. Ou quando nos sentamos diante delas num banco dum parque, ou num café, não temos tanto para conversar com elas como diante daquelas maquinazinhas. Há uma liberdade quando temos aquela coisa diante de nós, uma cortina que faz todos sentirem... (...) Espanta-me o que as pessoas dizem no Facebook, a quantidade de informações que dão sobre si mesmas. (...) Por vezes sinto-me suja quando lá estou. Sinto que preciso de me lavar. A sério, pergunto-me se aquilo estará certo. Parece que estou a drogar-me ou assim.»

Bingo.