30.10.09
A Noite, ii
Devoção ou subserviência? O acto é um e intacto, mas no reconhecimento e na escolha entre uma ou outra, o olhar é o ditador.
Fake empire
29.10.09
28.10.09
27.10.09
Wise matters
26.10.09
19
Everyone seems to be nineteen these days... I remember what it was like... But that's a long long way back, all the way down a long long ramp... When I was nineteen I went out with a man who was the age I am now and I thought he was incredibly old... He had a four wheel drive and owned a house... I guess that means he was incredibly old.
Amber Fresh a.k.a. Rabbit Island
Amber Fresh a.k.a. Rabbit Island
25.10.09
«You were too ugly to rape, so I beat the shit out of you»
Genericamente, o metal foi um estilo musical que nasceu da necessidade de dizer alarvidades sem que estas fossem entendidas, protegendo assim os seus músicos de uma vida na prisão.
23.10.09
Um Z e Dois Zeros? Count me in.
(...) É uma história de desaparecimentos graduais e de gente só acompanhada e em que tudo está em obscena exibição. Como se todos vagueassem atrás de grades. A vantagem das metáforas é esta meiguice - com a distância que criam, nem parece que estamos todos ali, pois não?
Pedro Jordão, o implacável
Pedro Jordão, o implacável
22.10.09
músicas perfeitas (para cortar os pulsos) #3
Ice-age heat wave, can't complain
If the world's at large, why should I remain?
Walked away to another plan
Gonna find another place, maybe one I can stand
I move on to another day, to a whole new town with a whole new way
Went to the porch to have a thought
Got to the door and again, I couldn't stop
You don't know where and you don't know when
But you still got your words and you got your friends
Walk along to another day
Work a little harder, work another way
Well uh-uh baby I ain't got no plan
We'll float on maybe would you understand?
Gonna float on maybe would you understand?
Well I'll float on maybe would you understand?
The days get shorter and the nights get cold
I like the autumn but this place is getting old
I pack up my belongings and I head for the coast
It might not be a lot but I feel like I'm making the most
The day's get longer and the nights smell green
I guess it's not surprising but it's spring and I should leave
I like songs about drifters - books about the same
They both seem to make me feel a little less insane
Walked on off to another spot
I still haven't got anywhere that I want
Did I want love? Did I need to know?
Why does it always feel like I'm caught in an undertow?
The moths beat themselves to death against the lights
Adding their breeze to the summer nights
Outside, water like air was great
I didn't know what I had that day
Walk a little farther to another plan
You said that you did, but you didn't understand
I know that starting over is not what life's all about
But my thoughts were so loud, I couldn't hear my mouth
My thoughts were so loud, I couldn't hear my mouth
My thoughts were so loud
The World At Large, Modest Mouse
21.10.09
Mefisto-Mefez, volume x
© Imaginer Desodeurs
As mãos de um Mefisto não conhecem quietude. Mesmo num olhar mudo, parecendo imóveis, é um sangue expectante que lhes corre dentro, latente. Sorria.
– Sabes o que é fascinante no origami? Os vincos que permanecem quando desfazes o modelo. As marcas não se apagam, antes se acumulam, ad infinitum, até que o papel se rasgue. Passado sobre passado, expõem-nos. Vês?, aqui dobrei-te para dentro, ali dobrei-te para fora, e aqui, sentes?, inverti o sentido da tua cabeça e depois tirei-te as asas.
Mefisto pontuou a lição com um sorriso afiado e, rodando sobre si próprio, partiu, levando consigo o manual de instruções.
♥
À imagem e semelhança
Há quem defenda que na origem do desenho estilizado de um coração está o coração de uma vaca e não o de um ser humano.
Abstracção
Há ainda quem defenda que o desenho estilizado de um coração é uma abstracção da vulva de uma mulher. O que nos remete mais uma vez para o Manual de Civilidade para Meninas, quando Pierre Louÿs aconselha: «Não digais: "A minha cona"; Dizei: "O meu coração"».
♡
Na matemática, obtém-se uma forma aproximada de um coração através da seguinte fórmula: (x2+y2-1)3-x2y3=0. É a chamada curva implícita. Afinal de contas, uma designação poética.
Há quem defenda que na origem do desenho estilizado de um coração está o coração de uma vaca e não o de um ser humano.
Abstracção
Há ainda quem defenda que o desenho estilizado de um coração é uma abstracção da vulva de uma mulher. O que nos remete mais uma vez para o Manual de Civilidade para Meninas, quando Pierre Louÿs aconselha: «Não digais: "A minha cona"; Dizei: "O meu coração"».
♡
Na matemática, obtém-se uma forma aproximada de um coração através da seguinte fórmula: (x2+y2-1)3-x2y3=0. É a chamada curva implícita. Afinal de contas, uma designação poética.
Parting Gift
Oh you silly stupid pastime of mine
You were always good for a rhyme
And from the first to the last time
The signs said «stop»
But we went on whole-hearted
It ended bad, but I love what we started
Parting Gift, Fiona Apple
You were always good for a rhyme
And from the first to the last time
The signs said «stop»
But we went on whole-hearted
It ended bad, but I love what we started
Parting Gift, Fiona Apple
Baby said he couldn't stay
Hunger hurts
And I want him so bad
Oh it kills
Cause I know I'm a mess he don't wanna clean up
Paper Bag, Fiona Apple
And I want him so bad
Oh it kills
Cause I know I'm a mess he don't wanna clean up
Paper Bag, Fiona Apple
20.10.09
19.10.09
18.10.09
Tendinha revisited
Ontem fui apalpada e acho que bati no gajo errado. Pelo menos ele mostrou-se muito ofendido. Era espanhol e disse-me para me controlar. Caramba, acabam todos a dizer-me o mesmo.
17.10.09
Oinc, snif
Blood makes noise
(...)
I think that you might want to know
The details and the facts
But there's something in my blood
Denies the memory of the acts
So just forget it Doc.
I think it's really
Cool that you're concerned
But we'll have to try again
After the silence has returned
Cause blood makes noise
It's a ringing in my ear
Blood makes noise
And I can't really hear you
In the thickening of fear
Blood makes noise
Pa Pa Power
Havia, afinal de contas, um motivo clínico para todo este cansaço. O corpo é o mais eficaz agente fiscal do mundo.
Oops
Hitler reage desta vez ao escândalo Maitê. É mais um vídeo bem conseguido da saga reacções hitlerianas. Mas tem um erro: começa com o ditador a ser informado da má receptividade dos portugueses às declarações da actriz e à medida que ele vai cuspindo a sua raiva num monólogo interminável, sem entretanto lhe ser dada qualquer outra informação, ele revela ter conhecimento do abaixo-assinado. A maioria das pessoas não reparará, porque também elas detêm, a priori, essa informação. É o tipo de lapso que constaria da secção "trivia" da página do filme no imdb, se a tivesse, e como tal, não lhe mina a qualidade. Desviando-nos deste contexto, é também o típico lapso que denuncia um mentiroso.
Just sayin'
Alguém aqui chegou procurando no Google por «bloggers engraçados». Segui o link e a Menina Limão é a única que aparece.
16.10.09
O pior tipo de escritor
O café Piolho é uma fonte inesgotável de animação, embora nem sempre pelos melhores motivos. O episódio vivido ontem teve a pretensão de reclamar o pódio. Fui interpelada por um «escritor que não vende livros» (assim mesmo se apresentou), solitário na mesa em frente, desesperado por impingir-me o seu exemplar, que fez questão de ir buscar ao carro, sobre cujo design quis conhecer a minha opinião; e se sabia que perguntava à pessoa certa foi porque iniciou a conversa perguntando de rompante: «a menina é das artes?». Eu e o meu melhor sorriso amarelo acabaram mesmo por azedar quando o escritor abriu o naipe das questões invasivas, como se me espetasse um dedo no olho: quanto tempo demoraria a lê-lo (como se a sua oferta implicasse a minha receptividade), como é que faria para lhe comunicar a minha opinião, se tinha número de telefone, se estava por ali todos os dias. Despachei-o bruscamente e saí. Mal por mal, prefiro os maluquinhos virtuais -- reduzem a probabilidade de sermos instados a olhar para trás no regresso a casa.
15.10.09
Festa!
Pá, se meteres aquela, tiro a camisola.
(Só que no Porto. Sou o único membro do Erecções 2009 que não vai estar presente, estou triste. A vida é mais dura que esse caralho de festim.)
14.10.09
Portugal à luz da imbecilidade
I could not stand losing you
Could you stand losing me?
© Annette Pehrsson
Last Weekend, The Tiny
Não sei quem chora mais: ela, os instrumentos ou eu.
Could you stand losing me?
© Annette Pehrsson
Last Weekend, The Tiny
Não sei quem chora mais: ela, os instrumentos ou eu.
13.10.09
Let the right one in
© aclaudine
Não deixa de ser irónico que a mais compulsiva comentadeira da blogosfera tenha acabado com os comentários no seu próprio blog.
Graphic Designer vs Client
-- Every fucking time i sit down in front of my mac, some fucking idiot asks for something cheap. Fucking unbelievable.
(...)
-- Think of it as a foot in the door, that may be a lot more work in the future.
-- Fuck me, why didn't I think of that?
Dois minutos e meio de tal e qual.
12.10.09
O fim da macacada
Dois anos e meio a prestar serviços de psiquiatria gratuitos, quando nem sequer é essa a minha área profissional, devia valer-me uma isenção fiscal vitalícia. Não tendo essa sorte, pelo menos algum sossego está ganho. Olá, higiene! Que saudades.
11.10.09
sem reservas
Não é possível contares a tua história sem expores a intimidade do outro. Mas ao fim de alguns anos a mastigar em silêncio, é muito provável que enlouqueças.
(fotograma de Angst vor der angst (1975), de Rainer Werner Fassbinder, surripiado ao Mictório Luzidio)
Declaração de desespero
Hoje é o dia em que os portuenses provarão, pela terceira vez consecutiva, que são, deixa-me cá ver a melhor forma de dizer isto, uns atrasados mentais. Mas antes dos resultados catastróficos de logo à noite, permitam-me tentar um gesto inútil:
(Que se lixe a reflexão. Não é coisa que os portuenses façam, anyway.)
9.10.09
Googlemo-nos, sim, mas com jeitinho
O único post da semana foi apagado porque um dos retratados na fotografia, reclamando da sua privacidade, me pediu que a retirasse, pedido a que acedi, muito embora a tenha ido buscar a um site... público. O texto deixa de fazer sentido sem a fotografia e, por isso, vejo-me obrigada a apagar tudo. É pena, eu gostava do post. Mas vocês sabem onde encontrá-lo (e quanto a isso não há nada a fazer).
desperate kingdom of love
---pronto, pronto, eu reponho o texto---
desperate kingdom of love
Interrompiam a habitual violência para honrar as declarações de amor. As armas deitadas por terra, os insultos e as acusações quebrados por beijos súbitos. Não era pose. Acreditavam que falar para as paredes era o mínimo que podiam fazer por elas, tagarelas. E depois retomavam o caminho, um lembrando que o outro não comprara leite, o outro notando ter esmurrado os cotovelos da última vez que saíra para buscar os mantimentos.
2.10.09
Fools diariamente para todo o sempre
Um dia, O Senhor ofereceu e a Menina ouviu. E reza a história que nunca mais parou. Ladies & Gentleman & alguns carrascos:
Eis a cena mais fenomenal de sempre.
(Uma promessa para Sábado, em Lisboa.)
Vem fazer a festa «indie pop rock whatever» coa gente
© Chad Moore
Relembro que a Menina Limão & O Senhor cumprirão este sábado 3, um dj set inesquecível (não garantimos que pelos melhores motivos), na CrewHassan, em Lisboa, a começar à meia-noite. A abrir a festa, às 22h, estará o Ricardo Gross. Tudo porque o Pedro Bento assim quis. O evento chama-se COLLEC.tiff e é um happening de 48 horas, um evento de arte e música colectivo à margem do circuito comercial. Mais informações aqui.
O último a chegar é apoiante do Santana Lopes.
xx x2
xx xx xx xx xx xx xx xx xx xx xx
Não sei o que significa não haver uma banda que faça mais sentido actualmente. O que sei é que não via um vídeo tão deprimido desde os anos 80. E, por isso, sei que não há banda que faça mais sentido actualmente.
Cada um pedala a sua bicicleta
De cada vez que vou ao Google Reader, fico com vontade de vos dizer: seus grandes filhos da puta, parem de postar.