As emergências é no que dão. O sacerdote Paal Dale, da comuna de Stord, muito próxima de Oslo, na Noruega, viu-se num aperto enquanto baptizava um bebé, ao congelar-se a água nas torneiras da igreja. Não tendo água benta, o sacerdote teve que improvisar: baptizou o menino com Coca-Cola com limão.
"A bebida já não tinha gás", terá explicado Dale ao jornal local Vaart Land. "Portanto, a única coisa estranha era o odor a limão que se soltava da água benta". E, apesar do incidente ter passado totalmente despercebido, o sacerdote preferiu contar à família do menino que o seu baptizado não tinha sido totalmente normal.
"Precisava de contar-lhes porque o menino cheirava a limão e não saberiam como explicá-lo", disse o sacerdote. "Não disseram nada, pelos vistos não deram conta, mas creio que o aroma era suficientemente forte para virem a notá-lo", terá concluído Dale no jornal norueguês.
[notícia lida no El País e traduzida por mim, provavelmente com erros. obrigada ao mensageiro que ma mostrou]
31.3.09
bruit du diable
Um vai-te foder nem sempre é sinal de falta de educação, por vezes é apenas um mal necessário. Falta de educação é certas perguntas que se fazem, para as quais um vai-te foder é a única resposta.
30.3.09
Don’t look at me, i’m only breathing
Durante uma reunião comigo mesma, tentava perceber, empinada nos meus saltos altos, se ser mais alta é ser maior do que os homens. Não cheguei a lado nenhum, mas (diz Kaamran Hafeez) é para isso que servem as reuniões.
João Pereira Coutinho entrevista Miguel Esteves Cardoso e nós choramos e rimos
(...)
MEC - Gosto muito daquela cidade [Porto]. Eu preferia viver no Porto. Quando o meu pai morreu, já tinha um apartamento lá na Foz, fabuloso. Eu gosto muito mais do Porto do que de Lisboa. Gosto mais das pessoas do Porto, são mais honestas, do ambiente, do clima. É mais bonito.
JPC - Mais honestas? Em que sentido?
MEC - Dizem o que pensam. Não são mentirosas. Não fingem.
(...)
JPC - Eu acho o Porto uma cidade muito dura.
MEC - Não acho. Em que aspecto?
JPC - É uma cidade difícil de ser conquistada.
MEC - Não acho nada. Por exemplo, a Casa Nanda, onde nunca tinha ido: quando lá fomos a primeira vez, fomos um pouco mal tratados. Na segunda vez, a coisa melhorou. À quarta vez, já éramos filhos. Conheço pessoas que andaram aqui em Lisboa, como o Manuel Serrão, e não conseguiram fazer amizades.
JPC - Comigo é ao contrário: arranjo amigos em Lisboa com muita facilidade. No Porto, não.
Pois.
MEC - Gosto muito daquela cidade [Porto]. Eu preferia viver no Porto. Quando o meu pai morreu, já tinha um apartamento lá na Foz, fabuloso. Eu gosto muito mais do Porto do que de Lisboa. Gosto mais das pessoas do Porto, são mais honestas, do ambiente, do clima. É mais bonito.
JPC - Mais honestas? Em que sentido?
MEC - Dizem o que pensam. Não são mentirosas. Não fingem.
(...)
JPC - Eu acho o Porto uma cidade muito dura.
MEC - Não acho. Em que aspecto?
JPC - É uma cidade difícil de ser conquistada.
MEC - Não acho nada. Por exemplo, a Casa Nanda, onde nunca tinha ido: quando lá fomos a primeira vez, fomos um pouco mal tratados. Na segunda vez, a coisa melhorou. À quarta vez, já éramos filhos. Conheço pessoas que andaram aqui em Lisboa, como o Manuel Serrão, e não conseguiram fazer amizades.
JPC - Comigo é ao contrário: arranjo amigos em Lisboa com muita facilidade. No Porto, não.
Pois.
-
"Casa das máquinas, i. Não sou Gesellschaft, não sou Gemeinschaft. Mais do que solidão, isto revela o quão estou retirada das lides gregárias. Não sou animal moral, de festas ou romarias. Sou bicho do mato e de sala de cinema, com lugares individuais, de preferência vazios. É assim, pela distância, que intimo a minha vantagem. A viúva. "
[auto-retrato com dedicatória]
27.3.09
a fuga é uma coisa bonita
Já é tradição da casa ir a Lisboa e pôr um anúncio à porta. Porque não há nada que me ponha mais contentinha do que ir passear à maior província de todas. Porque vou ver pessoas bonitas. Assim muito. Porque vou repisar os lugares habituais e conhecer outros. Porque há exposições para espreitar. Porque há jantares especiais. Porque ouvi dizer que há umas festas na Sexta. Porque acho que é desta que vejo um filme na Cinemateca. Porque há um concerto dos Ruby Suns na ZDB. Porque eu quero e o meu bicho do mato deixa. Porque fugir para Lisboa é melhor que RedBull.
gordura por gordura
Deixei cair um croissant cheio de manteiga em cima da crónica dos Scorpions, no Nada de Melancolia.
26.3.09
25.3.09
[mute]
© Craig Persel
(-_----_-_----_--_----_----_----_-_----_--_----_----_----_-_----_--_----_----_----_-_----_--_----_----_----_-_----_--_----_---) – frase suspensa pelo ruído em volta. As sentenças emudecidas são sensuais – deixam os lábios entreabertos.
o primeiro emprego
© Sean Yong, Reuters
Feira do emprego para recém-licenciados em Nanjing, província de Jiangsu, China.
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Dos piropos que nos lançam na rua, os melhores são os insultuosos. Como no outro dia, quando um velho me cuspiu, na sua voz arrastada e cavernosa: és um pau de virar tripas.
24.3.09
23.3.09
do êxodo urbano
A Menina Limão às vezes cansa-se de ser a "Menina Limão". Não lhe apetece existir tanto. E então põe-se a existir menos. Eventualmente, aborrece-se e regressa. A Menina Limão aborrece-se muito.
22.3.09
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a mulher mais cool do mundo está de volta. no gloss, no rodopio, na luva preta. no sorriso, na cor — este vídeo é o amor.
21.3.09
18.3.09
Minta e Mariana Ricardo
A convite da editora Merzbau, fiz o cartaz para o concerto da Minta e da Mariana Ricardo, a acontecer no próximo Sábado, dia 21 de Março, n'O Século, em Lisboa. Com um bocadinho de sorte, conseguirei lá estar, até porque há algum tempo que acompanho o trabalho da Mariana e tenho muita vontade de vê-la ao vivo. A Minta também parecer valer muito a pena. Se puderem divulguem e, acima de tudo, ponham lá os pezinhos.
design: Menina Limão.
Baile de Outono
Em exibição no Cineclube de Aveiro/Cinema Oita de 19 a 23 de Março.
design (mera adaptação do cartaz original): Menina Limão.
17.3.09
16.3.09
arquivos #3
Um dia recebi um comentário de uma rapariga, identificando-se como a modelo da fotografia que utilizara nesse post e deixando-me o seu contacto para que lhe explicasse como a havia encontrado. Depois, em conversa, fiquei a saber que era russa e menor de idade (ai ai). Quis saber de que tratava o meu texto. Assunto complicado, expliquei-lhe. Era sobre o ciúme.
13.3.09
arquivos #2
Na minha viagem pelos arquivos, tropeço em frases que ainda fazem sentido, com tudo o que isso tem de irónico. Como esta: tudo está em aberto, com algumas portas fechadas pelo meio.
arquivos #1
Tenho relido os meus arquivos, por motivos que não importa agora esmiuçar, e constato que até uma dada altura eu parecia ter um problema com a palavra estilhaçar. Deduzo que teria um estilhaço alojado no cérebro.
12.3.09
-
Ganhei um bilhete para ver hoje o Matt Elliott no Mercedes. Para compensar os 22 minutos em que esgotaram os bilhetes para a PJ Harvey na Casa da Música, durante os quais me mantive quietinha e na ignorância.
Antes Que O Diabo Saiba Que Morreste
Em exibição no Cineclube de Aveiro/Cinema Oita de 12 a 16 de Março.
Anteriormente, exibimos A Valsa Com Bashir (de Ari Folman), A Esquiva (de Abdellatif Kechiche) e Esta Noite (de Werner Schroeter). Publico apenas os cartazes dos dois primeiros, o último não interessa.
design: Menina Limão.
10.3.09
2.3.09
1.3.09
