31.12.08

o nosso 2009

Oh well in five years time we could be walking round a zoo
With the sun shining down over me and you
And there’ll be love in the bodies of the elephants too
And I’ll put my hands over your eyes, but you’ll peep through
And there’ll be sun sun sun
All over our bodies
And sun sun sun
All down our necks
And sun sun sun
All over our faces
And sun sun sun
So what the heck
Cos I’ll be laughing at all your silly little jokes
And we’ll be laughing about how we used to smoke
All those stupid little cigarettes
And drink stupid wine
Cos it’s what we needed to have a good time
And it was fun fun fun
When we were drinking
It was fun fun fun
When we were drunk
And it was fun fun fun
When we were laughing
It was fun fun fun
Oh it was fun
Oh well I look at you and say
It’s the happiest that I’ve ever been
And I’ll say I no longer feel I have to be James Dean
And she’ll say
Yah well I feel all pretty happy too
And I’m always pretty happy when I’m just kicking back with you
And it’ll be
Love love love
All through our bodies
And love love love
All through our minds
And it be Love love love
All over her face
And Love love love
All over mine
[Noah And The Whale - 5 Years Time]

recado à minha passagem de ano:

Não chegarás aos calcanhares do meu 2009.

30.12.08

cara revista Maria:

Estou apaixonada pelo meu blog. Serei correspondida?

ainda, os campos magnéticos:

moça-bonita s.f. BOTÂNICA [Bres.] planta herbácea, com propriedades desinfectantes e diuréticas.

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28.12.08

Febre

Já tenho febre, ié!, estou apta a integrar o concorrido grupo social do último surto da moda. E não tenho só febre, também tenho dores de cabeça, arrepios de frio, dores nas pernas e nariz entupido. Preparem-se, vou entrar em 2009 a pedir dez mimos por cada badalada. Vai ser mimar até cair.

Apetece-me uma velharia, à falta de mimos

Trying not to be sick again
And holding for tomorrow
She's a twentieth century girl
Hanging on for dear life
So we hold each other tightly
And hold on for tomorrow
Singing La la, la la la
La la la la la la la la (x3)
Holding on for tomorrow

Receita de la la las para combate aos ai ai ais. Há muito tempo que não ficava de cama.

27.12.08

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© Annabel Mehran
.a noiva moribunda.

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26.12.08

2ª Mostra de Cinema Português - 2ª semana

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Não tenho postado os meus cartazes do Cineclube de Aveiro, porque não os tenho alterado significativamente em relação aos originais. Há também um pouco de preguiça e esquecimento da minha parte, daí que já só esteja a postar o cartaz da 2ª semana desta nossa 2ª mostra de cinema português, falhando o 1º.


2ª Mostra de Cinema Português - 2ª semana, em exibição de 26 (hoje) a 29 de Dezembro (segunda), no Cineclube de Aveiro/Cinema Oita.

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22.12.08

génio

a pretty girl is like a violent crime
if you do it wrong you could do time
but if you do it right it is sublime

[Magnetic Fields]


É Natal

lado a:


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lado b:


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21.12.08

oba oba!

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wulffmorgenthaler.com/

18.12.08

Utopias

Confiando naquilo que, em The Blithdale Romance, Nathaniel Hawthorne conta de Charles Fourier, este acreditava que o inevitável progresso da humanidade rumo à perfeição faria com que um dia o mar passasse a saber a limão. O fascínio da imaginação utópica assenta em operações e em convicções desta natureza, que auguram um futuro de absolutos, programados e construídos à imagem dos desejos e da determinação de quem os projecta. O problema começa quando os fabricantes de utopias começam a pretender fixar as percentagens do açúcar, do ácido cítrico e do sódio, dando todo o poder ao laboratório que passará a gerir o fabrico, a manutenção e a partilha da água marítima. E, claro, condenando ao degredo o sabor a laranja.

Post surripiado ao Rui Bebiano, depois de me ter sido oferecido pelo Pedro Lago (o meu ego delirante agradece).

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wulffmorganthaler.com

16.12.08

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14.12.08

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Disse-me tudo o que me podia dizer: nada. E, para quem não disse nada, fez muito barulho.

I think I need a new heart

Acho que preciso de um coração novo. Um coração com menos entulho, menos barulho. Com menos destroços. Se possível, sem quaisquer despojos impróprios.
Queria um coração novo e muito grande, cheio de ar e de uma resignação tranquila, sem ódio, sobretudo sem ódio, e sem chama que se alimentasse do seu oxigénio. Um coração que nem de felicidade rebentasse.

10.12.08

Mefisto-Mefez, volume vi

Mais do que um nome, Mefisto é um lugar. Um lugar de grande dignidade atribuído a um filho da puta. Aos grandes filhos da puta não se lhes nega a relevância. Tampouco se lhes aponta o dedo – eles mordem. Os Mefistos formam uma matilha de contornos especiais: não andam juntos – nem lhes convém – mas reconhecem-se pelo cheiro quando se cruzam na rua, reconhecem-se pelos dentes caninos e pelos olhos raiados de sangue. Cautelosos, fazem pequenos sinais entre eles, enquanto apertam para junto de si as suas presas.

9.12.08

notícias revistas por Deus causam gargalhada geral

Detective Cantor, o blog que está sempre acima do acontecimento.

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Eu sei que não virás. O quarto
seria este, estes os meus braços, aquela
a jarra com as flores.
Que lindo cachecol. O colete fica-te bem.
Sabes o que é o amor? Poder e não poder
dizer o teu nome sem que me rebente
dentro do estômago, dos intestinos, dos pulmões
a faca de infecções de que poderei morrer.


Joaquim Manuel Magalhães



(rapinando uma Lebre)

8.12.08

Cleansed



Vi a peça Purificados encenada pelo Nuno Cardoso há muitos anos (não consigo precisar quantos), no Teatro Helena Sá e Costa. Era demasiado nova para compreendê-la e aconteceu o (mais ou menos) inevitável: detestei-a. Anos mais tarde, li a obra completa da Sarah Kane, que veio a ocupar uma posição inatacável no lugar das minhas adorações. No Sábado, quando fui ao TNSJ para ver a encenação da mesma peça pelo Krzysztof Warlikowski, estava preparada para discordar, coisa que costuma acontecer quando vejo encenações de peças da Sarah Kane — são fortes as convicções de quem se apaixonou por uma obra que repetidamente revisita. Ao primeiro monólogo (um excerto do Falta, que já vi em palco umas três vezes), soltava-se uma lágrima, algo que penso ter acontecido pela primeira vez no teatro. A inclusão da música, elemento que à partida estranharia, foi feita de forma arriscada mas brilhante. Este último adjectivo é bem capaz de resumir a totalidade do que vi.

António Alçada Baptista



Morreu o escritor que marcou a minha passagem da adolescência para a idade adulta. O primeiro livro que li foi O Riso de Deusum romance de incansáveis questionamentos que deu resposta a muitas das minhas inquietações (logo vieram outras, ou, como alguém escreveu um dia: quando tínhamos todas as respostas, mudaram as perguntas). Religião, política, sociedade, afectos, sexualidade — a minha primeira grande ruptura rebelde (comigo mesma, com os outros, com certos valores), teve aí o seu berço e o seu amparo.

The Dodos no Salão Brasil, em Coimbra


O concerto dos Dodos em Coimbra resume-se à puta da loucura. Pela proximidade entre público e banda durante o concerto (a plateia começava onde acabava o palco), pelo incomum afterhours, com público e banda a dançarem juntos um set alternativo pelo Salão Brasil, pelo momento em que membros da banda e do público se entregaram à dança do limbo e ao salto à corda com o lenço da couve-flor, pelo facto do vocalista me ter chamado para dançar com eles, pelo facto de ter partilhado o mesmo espaço e a doidice, por largas horas, com uma dúzia de pessoas que me são queridas. O concerto? Fenomenal. Dos melhores de sempre. Estava a precisar e muito de uma noite assim.

(e agora já só falo em concertos em 2012, prometo)

Elan, Tara, Jonquil

The Family Elan, aqui num dos momentos mais lindos-lindos-lindos que já presenciei no auditório do Mercado Negro, com o tema Monumental. Escusado será dizer que tenho ouvido isto em loop.



Tara Jane O'Neil, também no MN, a cantar uma versão de uma música da Cher. Isso mesmo.



adenda: um post sobre o concerto dos Jonquil no MN, com bons vídeos como bónus, aqui.

best of rabiscos

Nunca vi ninguém desfrutar tanto de uma sessão de autógrafos como a Victoria, vocalista dos Beach House. No final do concerto do Passos Manuel, confessei-lhe a minha inveja por não ter um cd como toda a gente para ser autografado. Sem me dizer o que pretendia fazer, pegou no meu bilhete e fez dele um cd, desenhando a capa, a contracapa e preenchendo o interior com uma mensagem. E como a contracapa original tinha limões, eu pedi-lhe que os desenhasse também. Terminou com a promessa de que iria tornar-se uma melhor ilustradora.


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Já a Tara Jane O'Neil é uma talentosa e reconhecida ilustradora. Pedi-lhe a ela e aos Swell que me rabiscassem a agenda do Mercado Negro e o resultado está à vista. Aproveito para mostrar como ficou o meu trabalho de Novembro.

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(Os Swell foram os gajos mais fixes que conheci no Mercado Negro, aqueles com quem tive uma maior empatia. Não me apetecia nada deixá-los partir.)

5.12.08

segundo concerto do ano do (muito provavelmente) segundo álbum do ano?

Photobucket No início eram os Dodos (e ainda antes era o projecto a solo do vocalista, Dodo Bird). E no fim há-de ser um pézinho de dança alternativo de alto nível, com matança de saudades das gentes de Coimbra pelo meio.


(no Sábado, em Lisboa, no Music Box)

1.12.08

There's Only 1 Alice

Eu, que queria uma etiqueta, não imaginava que me seria oferecida a mais bonita de todas. Digo-te, é uma grande honra.

Jack Rose + Nalle

Finally, somebody has something to say on the acoustic guitar that hasn't been said before.
Ben Chasny, dos Six Organs Of Admittance, sobre Jack Rose

Pelo Mercado Negro já passaram alguns dos maiores guitarristas do mundo: o Tetuzi Akyiama, o Steffen Basho-Junghans, o James Blackshaw... e chega-nos agora aquele que é provavelmente o mais conhecido deles todos e que dispensa apresentações: Jack Rose. Num concerto de um grande guitarrista chega-se sempre ao fim sem perceber o truque. A incógnita repete-se: como conseguem eles extrair aqueles sons com tão reduzido número de dedos? As melodias são um deslumbramento.

Esta Terça, 2 de Dez, Jack Rose ao vivo no Mercado Negro (Aveiro), às 22h30, por 5€.


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Quinta-feira é noite de folk especial e a dobrar, já que serão duas as bandas a ocupar-se do palco. Ou não serão bem duas bandas mas sim quase a mesma em dois registos diferentes: Nalle + The Family Elan, dois belos projectos de uma finlandesa e de um inglês.

Esta Quinta, 4 de Dez, Nalle + The Family Elan, no Mercado Negro (Aveiro), às 22h30, por 4€.