28.3.23
Un bruit du diable
Vim para dois dedos de conversa
Porque uma visão insinuou-se
e deixou uma sementinha enquanto dormia
E a visão que me foi plantada no cérebro
permanece
És tu quem atormentas a franga
Pára de fingir que não percebes
17.1.23
The old girl
Packing up the old room
So soon
Wishing to be elsewhere
Fuck off the old world
The old girl
Fuck off the old world
Lean Year, Come and See, em Lean Year (2017)
10.8.22
5.7.22
Paneleira
Olho para esta obra de arte intitulada: «Euzinha, depois de tirar o elástico do cabelo» e lembro-me daquela vez em que, em criança, após ter feito algo inesperado à trunfa, corri eufórica da casa de banho até à sala e gritei: «Mãe! Pareço uma paneleira!» Para minha confusão, a reacção da minha mãe não foi a esperada e parece que ainda a consigo ver, entre o riso engasgado e o embaraço atónito, tentando explicar-me que «paneleira», contra toda a lógica, não é uma pessoa que parece ter uma panela na cabeça, mas outra coisa qualquer que não deveria repetir. Aprendi então que a linguagem é uma coisa complicada e que a criatividade pode esbarrar nas paredes do mundo — e cedo me lancei numa vida de equívocos.
(Post de 2017.)
20.5.22
2021, o ano da marmota-no-more
Três coisas transformadoras aconteceram no ano passado.
I
Depois de uns quantos vaivéns entre quartos, e partilhas de casa com amigas (weeee) e desconhecidas, somando 8 mudanças (4 delas integrais) em 3 anos 💩🔫, em Julho, mudei-me finalmente para uma casa só minha e do xuxu. Não nego o meu sonho pequeno-burguês: há muito que desejava uma casa assim, bonita, com áreas grandes, três varandas, árvores em volta. Ter-me visto livre de colegas de casa insuportáveis e dos abusos e chico-espertice de subarrendatários foi uma das conquistas da minha sanidade mental.
II
Em Outubro, deixava o enésimo trabalho precário na enésima livraria, onde tive o privilégio de coleccionar e testemunhar mais uns abusos indignos. Foi indescritível, nesta altura do campeonato, 17 trampas depois, sair dali pelo meu próprio pé para ir ganhar três vezes mais, num trabalho digno, qualificado, bem frequentado ❤️, bem pago. Sentir-me levitar de alegria, bêbeda de incredulidade durante meses, com o abandono das privações do costume, com o crescente amealhar a substituir a tristeza de ficar a zeros a demasiados dias do fim do mês – e perder o pudor de o dizer.
III
Quando comecei a sentir que talvez viesse a haver condições para voltar a ser um bocadinho mais eu; para, quem sabe, recuperar-me às coisas de que fui desistindo, sou convidada para ser programadora no IndieLisboa, onde, no fundo, sempre quis estar. Sobre esta experiência, muito mais haverá a escrever no futuro, mas, para já, o que este ramalhete evidencia é que 2021 não foi o ano da marmota, 2021 foi o ano em que eu – FINALMENTE – quebrei o feitiço do tempo. E já merecia.
18.4.22
Happy Mondays
Hoje vou estar no programa Happy Mondays 👯, na Rádio SBSR, à conversa com os dois radialistas mais sensualões de Portugal sobre a música que ando a ouvir 🎶 e sobre a 19.ª edição do IndieLisboa, que está aí à porta. Sintonizem-se pelas 19h! LX 90.4 | Porto 91.0 | sbsr.fm |
13.2.22
Contaminações, XX
23.11.21
21.11.21
We'll always have força centrípeta
Mestres do desconfinamento #3
24.10.21
15.10.21
Bestiário #625 (?)
11.10.21
6.9.21
2.8.21
26.7.21
¿Las plantas tienen memoria?
— Es uno de los resultados principales de mi laboratorio: hace siete años demostramos por primera vez que las plantas son capaces de memorizar y de aprender. Queríamos demostrar que las plantas podían aprender, lo que no se puede hacer sin memoria. Entonces cogimos la especie Mimosa pudica, una planta que cierra las hojas si la tocas, y nos preguntamos si podía aprender que un estímulo concreto no es peligroso. Usamos el estímulo de dejar caer la maceta donde estaba la planta desde 10 centímetros de altura. La primera vez cerraba las hojas. La segunda también, sin embargo, después de cuatro o cinco veces, ya no las cerraba. En cambio, si la tocabas sí que las cerraba. Por lo tanto, aprendía que había dos estímulos diferentes, la caída -que no era peligrosa- y el tocamiento -que sí-. Después la dejamos dos meses en un invernadero y la sometimos a los mismos estímulos. Continuaba sin cerrarse cuando la dejábamos caer. Fue impresionante. No sabemos cuánto dura esta memoria, pero hay indicios de que podrían ser años. Un árbol quizás puede almacenar información durante décadas.
¿Se puede decir que las plantas tienen algo parecido a la conciencia?
— Esta pregunta es muy importante y muy difícil de responder, porque depende de qué entendamos por conciencia. Si es la capacidad de entender tu situación en relación con el entorno, las plantas la tienen. Cuando una planta hace sombra a otra, la que recibe la sombra reacciona inmediatamente y empieza a crecer muy rápidamente para avanzar a la que le hace sombra. Pero esto no pasa en un mismo árbol, que tiene muchas partes que están haciendo sombra a otras partes del mismo árbol. De alguna manera, el árbol sabe que la sombra que le llega es de él mismo.
Stefano Mancuso: “Las plantas son mucho más inteligentes que nosotros”
21.6.21
Pausa
15.5.21
22.4.21
11.4.21
Contaminações, XVII
O Ghost Dog está cheio de referências. É sempre fixe descobrir mais uma por acaso.