12.3.15

We're not doing anything

Tecnicamente, não houve infidelidade, como se pudéssemos sobrepor à realidade uma folha de acetato e vê-la à transparência dos seus cálculos matemáticos. A ideia, mais vezes desonesta do que ingénua, lembra-me um conto da Daphne du Maurier, The Way Of The Cross, em que uma mulher e um homem casados, mas não um com o outro, escapam às suas obrigações conjugais para passearem juntos. Ele pergunta-lhe se ela está disposta a arriscar problemas com o marido e ela não hesita: "Risk what?", "We're not doing anything". Ao que ele responde: "Now that, my girl, is what I call a direct invitation".