1.12.11

Uma vez mais, the Naçom

Modern Times (1936), Charlie Chaplin 

Fui ver Tempos Modernos, de Charlie Chaplin, ao Teatro do Campo Alegre. À saída, esbarrei de contentamento feito no Manoel de Oliveira. Prestes a completar 104 anos, o mais velho realizador do mundo em actividade, um caso extraordinário de abuso de autoridade, terá visto Tempos Modernos estrear em Portugal com 28 anos. Ontem, tê-lo-á revisto pela enésima vez, até apostamos, por gosto, voracidade ou sentido de oportunidade, não fosse escapar-lhe uma versão recentemente restaurada. E eu que conto menos anos do que aqueles com que Manoel de Oliveira se terá estreado em Tempos Modernos, não consigo imaginar o que será carregar uma bagagem de todo um século, ao ponto de poder trasladar de uma sala de cinema de 1937 para outra de 2011 a memória viva de uma obra que outros já cresceriam aprendendo a nomeá-la prima.