25.10.11

Another Day Full Of Mega Shit, sem dúvida um apocalipse

Ainda ontem comentava, a caminho do meu cafezinho foxtrot pipi e a propósito da vinda de Bonnie 'Prince' Billy a Portugal, que dificilmente voltaria a cair na esparrela de um concerto seu: vi-o no ano passado, num local de nome impronunciável, e a medo, essencialmente por temer que o repertório escolhido não fosse a fundo o suficiente para tocar o passado, o único passado que me importava, o de I See A Darkness. O medo deu-se por satisfeito: a maior parte das músicas não me embalou o suficiente para me resgatar à realidade e, do álbum-maravilha, só houve a faixa que lhe deu o nome, quando aquilo que eu mais desejava nesse dia era ouvir a música dos meus tormentos, a Another Day Full Of Dread, uma droga que só admite ser ingerida em doses cavalares e que eu, disse-o então em conversa, não acreditava que ele alguma vez nos desse a oportunidade de ouvir em palco. E então não é que o caralho do homem resolveu tocá-la ontem à noite (agora imaginem se eu tivesse querido que esta frase soasse mal)? O que é que resta a uma alma emporcalhada de injustiça senão o desejo de destruir uma coisa bonita? Sinto-me capaz de afogar o putchi do mini kitty dos vizinhos na sanita and watch it all come down.





and I say: nip! nap! it’s all a trap /bo! bis! and so was this / whoa! whoa! to haiti go, /and watch it all come down / ding! dong! a silly song / sure do say something’s wrong / smile awhile, forget the bile / and watch it all come down