30.6.09

seguir a Pitchfork pelo Tuíta foi a minha decisão mais inteligente dos últimos tempos

Jens Lekman contraiu o vírus da gripe suína! Ele que se ponha fino a tempo de vir a Portugal, ou estará feito ao bife!

Mazurca Fogo

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Emocionou-me muito em vida, emociona-me muito agora que morre. Cinco dias depois de se saber com um cancro, Pina Bausch desaparece de palco com um movimento brusco. Nós que nunca chegámos a vê-la actuar, somos novamente desarmados, como quando a víamos embater o corpo cego contra as cadeiras e as paredes do Café Müller. A brutalidade de mãos dadas com a subtileza, até à morte. Resta agora a sujidade de quem se lava em lágrimas.

You may be in darkness


© Menina Limão

29.6.09

OMG, uma irrituíta amongst us

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Sim, é verdade. A senhora mais irritada com o Tuíta neste mundo criou uma conta no Tuíta*. Oh não, azevias com feijão! Whatever. O objectivo é comunicar com a Simone White, o que significa que escreverei em inglês; aviso que vos faço para me defender do inevitável e muito bicha perdigoto what the fuck. Estou com isto a fazer exactamente o que parece: emprestar-vos um balde de água fria para lavarem a espinha. E não me aborreçam, seus sopinhas de massa, que aqui come-se atum e está-se a par de cenas. Ouviram? De cenas.

*roubei a expressão algures

E às tantas continuou assim:




Este musicão é tão musicão que mesmo quando a melhor parte, a guitarra eléctrica-electrizante, é substituída pela melódica, continua a ser um musicão.

Música rock do ano, so far? Vamos reflectir sobre isto.

O nosso DJ Set de Sábado começou assim:

Dent May & His Magnificent Ukulele - You Can't Force A Dance Party (live)


No one in this party is having any fun tonight
And I do anything just to make it all right
No it isn’t always quite so boring in this town
I’ve played all my favorites records
But nobody’s getting down


Cuz you can’t force a dance party
You can’t force a dance party
You can’t force a dance party
But… for you I’ll try!

26.6.09

ai ai ai aiiiiiiiiiii

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© Pedro Jordão


Amanhã, se eu beber demais e depois ficar tonta e depois ficar histérica, não te queixes como de costume, está bem? É que estás mesmo a pedi-las.---> Esta parte do texto era para o Pedro Jordão, com quem estarei a passar música amanhã, Sábado, no Clandestino, em Aveiro.---> Esta última frase já é para vocês, caros leitores, para que apareçam. O último a chegar é uma bicha histérica. Mas não há problema, eu curto-te na mesma. Weeeeeeeeeeee.

beat that

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© Menina Limão


ah catrino, se eu não sou mulher para passar Michael Jackson amanhã no Clandestino! e não quero cá reclamações, ouviste? Rei é Rei.





1 + 2 + 3 + 4

25.6.09

Vontade Indómita

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Em exibição no Cineclube de Aveiro/Cinema Oita de 26 a 29 de Junho.
design: Menina Limão.

24.6.09

shame

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Trust, Hal Hartley


Se a man is what he thinks about all day long, então por vezes eu sou a frase de Ralph Waldo Emerson que diz que a man is what he thinks about all day long, que é no que penso quando não estou a pensar em tudo aquilo que me faz pensar na frase de Ralph Waldo Emerson que diz que a man is what he thinks about all day long.

23.6.09

Ed McMahon, America’s Top Second Banana, Dies

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Tenho pensamentos muito lúdicos. Devotos do yo-yo, amantes dos carrinhos de choque. Entre risadinhas, enviam soundbytes uns aos outros e mantêm-se informados desinformando-me. Os homenzinhos verdes do sistema nervoso simpático começaram ontem a enviar twitts às mulherzinhas vermelhas da dura-máter. Heeeere’s Johnny! A rambóia impede-me de pregar olho, por muito consertadas que se quedem as visões.

this is a request




Há no final desta música uma subtil variação relativamente à original, inspirada numa história bonita e triste.

20.6.09

This too shall pass


© Kenda Benward

Perguntou-me se eu estava bem. Não estava, mas respondi-lhe que sim. A mentira foi transparente aos seus olhos, como foi transparente o carácter retórico da pergunta, e, ignorando a minha verdade falseada, arriscou um palpite. Ela estava certa. Disse-me que duas horas depois não me reconhecera: enquanto a tarde se fez noite, o meu espírito alterara-se tão radicalmente que eu lhe parecera outra pessoa. Nunca consigo esconder, por mais que lhes force a abertura à luz, as sombras dos meus olhos, mas vou controlando as emoções até que alguém me pergunte directamente o que se passa. Por isso, naquele momento, deixei cair o meu papel mal representado. E quando me sentia o mais patética possível, ela abraçou-me. Há um entendimento silencioso entre as mulheres a que bastam olhares e meias palavras. À despedida, uma promessa: a de tocar, dois dias mais tarde, aquela que eu mais queria ouvir. O naufrágio é um mau hábito e de tão talhado à minha medida não o recuso: irei para ouvi-la sussurrar you may be in darkness, numa escuridão suficientemente incompleta para que lhe possa ler, tatuado no braço, this too shall pass.

18.6.09

We used to stand so tall


© Terry Richardson


Simone White - You May Be In Darkness


Recolheu as dezenas de guardanapos de papel onde ela havia enxugado os olhos e, amarrotando-lhe a dor num só nó, embalou-a no bolso.

17.6.09

Hollywood Ending

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em exibição no Cineclube de Aveiro/Cinema Oita de 18 a 22 de Junho.
design: menina limão.

Don’t Be Cruel

Das 8 correntes que me lançaram nos últimos tempos (e que continuam sem resposta), esta é a melhor. Porque joga com o acaso e porque nos permite mostrar uma pequeníssima parte da música que ouvimos. Os resultados são muito curiosos, surpreendentemente quase todos fazem sentido, e há mesmo uma coincidência espantosa. Obrigada, Sara. É sem pudor que publico duas correntes seguidas, depois de descobrir pelo Facebook que do que o pessoal gosta é de fazer quizzes.


1. put your itunes/ ipod/ mp3 player on shuffle.
2. for each question, press the next button to get your answer.
3. you must write that song name down no matter how silly it sounds!



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© Marcio Simnch


IF SOMEONE SAYS "IS THIS OKAY" YOU SAY?
Christmas (Jana Hunter)


WHAT WOULD BEST DESCRIBE YOUR PERSONALITY?
Black Balloon (The Kills)


WHAT DO YOU LIKE IN A GUY/GIRL?
Robots (Balanescu Quartet)


WHAT IS YOUR LIFE'S PURPOSE?
Feeling Put Out (The Insurgents)


WHAT IS YOUR MOTTO?
Courtship Dating (Crystal Castles)


WHAT DO YOUR FRIENDS THINK OF YOU?
Buttshot (Tickley Feather)


WHAT DO YOU THINK ABOUT OFTEN?
Roses (Castlemusic)


WHAT IS 2+2?
Jimmy (M.I.A.)


WHAT DO YOU THINK OF YOUR BEST FRIEND?
The Sky Is A Landfill (Jeff Buckley)


WHAT DO YOU THINK OF THE PERSON YOU LIKE?
Didn’t We Have Fun (The Dora Steins) ----------> vê-me só esta coincidência!


WHAT IS YOUR LIFE STORY?
Next Train (Miracle Fortress)


WHAT DO YOU WANT TO BE WHEN YOU GROW UP?
Too Drunk Too Dream (The Magnetic Fields)


WHAT DO YOU THINK WHEN YOU SEE THE PERSON YOU LIKE?
Sleepwalking (The Raveonettes) -----------> andas a dormir, pois andas.


WHAT DO YOUR PARENTS THINK OF YOU?
Southern Belle (Elliot Smith)


WHAT WILL YOU DANCE TO AT YOUR WEDDING?
Ominous Cloud (Broadcast)


WHAT WILL THEY PLAY AT YOUR FUNERAL?
Beware The Touch (Hannah Fury)


WHAT IS YOUR HOBBY/INTEREST?
Man Is The Baby (Antony & The Johnsons)


WHAT DO YOU THINK OF YOUR FRIENDS?
Too Excited (Tilly And The Wall)


WHAT'S THE WORST THING THAT COULD HAPPEN?
Notre Chanson En Français (The Lorimer Sound)


HOW WILL YOU DIE?
Red Dress (TV On The Radio)


WHAT IS THE ONE THING YOU REGRET?
11:59 (The Postmarks)


WHAT MAKES YOU LAUGH?
The Dead Flag Blues (Godspeed You Black Emperor!)


WHAT MAKES YOU CRY?
Trouble (Shampoo)


WILL YOU EVER GET MARRIED?
How Now (The Jealous Girlfriends)


WHAT SCARES YOU THE MOST?
Top Ranking (Blonde Redhead)


DOES ANYONE LIKE YOU?
Cause = Time (Broken Social Scene)


IF YOU COULD GO BACK IN TIME, WHAT WOULD YOU CHANGE?
Crunchy (Blues Explosion)


WHAT HURTS RIGHT NOW?
Gravity (The Dresden Dolls)


WHAT WILL YOU POST THIS AS?
Don’t Be Cruel (Missy Elliott)


Passo esta corrente a todos os meus Anónimos (AA), para ficar a conhecê-los um pouco melhor.

coisas que a 'puta da belha' me escreve às 5 da manhã

Foda-se. O Vergílio Ferreira, obviamente, não padecia de dores menstruais.

16.6.09

desperately optimistic

Se queres que uma dor deixe de te doer, arranja uma outra que te doa mais.
[Escrever , Vergílio Ferreira]


Uma das coisas que aprendera na vida e em que esperava poder confiar, era que uma grande dor afasta outra dor mais pequena.
[A Mesa Limão, Julian Barnes]

quebrando a corrente

Com um atraso do camandro, cá estou eu para responder ao desafio da Maria João Pires sobre a 5ª frase completa da página 161 do livro mais à mão. É certo que já é a terceira vez que respondo a esta corrente, mas a Shyznogud merece a atenção, e os meus livros também. Como estive praticamente uma semana sem postar e como tenho vários exemplares na mesinha de cabeceira, não pretendo controlar-me.


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© Ryan Mcginley


A fogueira junto do terraço parecia apagada, ou, pelo menos, não lançava fumo.
[O Deus das Moscas, William Golding]


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© Phillippe Halsman


Magali venceu e foi autorizada a casar-se com o noivo, ali mesmo, em directo.
[Pastoral Portuguesa, Rogério Casanova]


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Não importa.
[Primeira Pessoa, Pedro Mexia]


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Valha-nos Deus!
[Hamlet, Shakespear]


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Vejo uns que saem e os que ainda não entraram, esperando por alguns que não estão vendo quem sai.
[Livro do Desassossego, Bernardo Soares]


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© Menina Limão


Estava ao cimo como lágrimas, estava
com folhas à tona da idade.
[Ofício Cantante, Herberto Helder]

13.6.09

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© Menina Limão

[afinal não se trata da apresentação do livro, mas de um debate. o entusiasmo mantém-se.]

9.6.09

quiz II [para não fugir ao assunto 'maminhas', com medo das represálias]


© Helmut Newton


Vivo obcecada por esta fotografia desde que a vi pela primeira vez. Era catraia e recolhia das revistas, jornais e demais exemplares impressos, tudo aquilo de que gostava, arquivando o material em capas, mania que mantenho. Foi desta forma (na verdade, quatro formas diferentes), que descobri o trabalho do Helmut Newton e, como que o ouvindo dizer i’ve got the powa!, nunca mais me esqueci do seu nome. Contam-se anos a examinar insistentemente esta imagem e a mesma dúvida persiste: não consigo eleger a melhor moça, porque todas elas têm algo que me agrada. Mas a maior tormenta (oh que tormenta, oh que grande panca) é não conseguir perceber quais as melhores maminhas, isto na impossibilidade (que nunca descarto) de ficar com todas. Como certamente concordarão, esta é uma dúvida capaz de consumir uma pessoa atrozmente e levá-la (numa maca) até à loucura, que fica ali às portas do Intermarché, embora eu às vezes a encontre nas escadas rolantes do Corte Inglés.
É então que certo dia bucólico, de papo para o ar no campo ondulante de trigo, disse ao meu Manel para dar a sua opinião, mas só desta vez!, quanto aos exemplares mamários da quinta do Newton. E ele, surprise surprise, escolheu as que eu menos gostava. E disse, em tom de desafio: ó Chica, não percebes nada das bolinhas das meninas, dedica-te às outras; mas antes convoca aí eleições, a ver se não tenho eu a maioria absoluta. E é então isso que agora me traz aqui, caros leiteiros. Perdão, leitores. Qual Great Gatsby, convoco-vos a aparecer na minha casa para o evento Miss T-Shirt Molhada (em que as moças já estão sem t-shirt e não têm de mexer uma palha), sem nunca aparecer para dar a cara. No final, voltarei para estudar os resultados. Agradecem-se avaliações de corpo e alma, argumentos de peso e pluma e, acima de tudo, muita classe na hora de dar à língua. A brejeirice é uma gaja muito pouco tesuda.

8.6.09

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© Menina Limão

7.6.09

eleições europeias

6.6.09

Uma urgência em câmara lenta

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Ele vê-a pela primeira vez. Ali no meio da combustão de chapas, algo se queima mais fundo (ou derrete?). Esperámos quase uma hora para vê-los juntos no mesmo plano, mas eles nunca estarão no mesmo plano. Inventou-se o amor com carácter de urgência; mas o filme corre ao ritmo a que o amor se constrói: lentamente. O nosso olhar é moroso como é moroso o olhar dos amantes – um olhar que se demora sobre o outro. Dá-nos a sensação (hoje tão rara) de acompanhar uma história em tempo real. A câmara acompanha os seus passos (eles passeiam muito) e depois pára diante de uma parede que tem uma mesa que tem uma jarra que tem uma flor. Mas uma imagem imobilizada não abafa um movimento, aquele compasso partilhado. Naquele instante, não os vemos, como se precisássemos. Ali, a substância escapa ao enquadramento, mas não se pode ter tamanha pretensão, exibir o invisível.


(Escrevi este texto há dois anos. Escrevo muito mais do que publico.)

juízo ético

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Gosto muito das maminhas da Marilyn. São assim molezinhas e empinadinhas e e estão cada uma para seu lado, como se amuadinhas. Que fofas.

por um pouco de hipnotismo

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© Richard Bergh, Hypnotisk, 1887


Por momentos, desejei ter um blogue onde pudesse publicar esta foto só porque sim. Mas não pensei muito no assunto e passei a bola.

Erase Errata

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A publicação de posts é, não raras vezes, um controlo de danos. Por vezes, uma pessoa incorre nessa bizarria que é ter sentido do ridículo e ri-se de si própria. Enfim, podia dar-me para pior. Enquanto por cá passeio, vou acumulando as sobras dos posts apagados e arquivando, por ordem alfabética, o meu vasto directório de culpas. Àqueles que me perdoam quando saio à rua ainda com os rolos na cabeça, o meu obrigada.

5.6.09

...

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I know you're married but i've got feelings too.

2008, ainda

Escusado será dizer que o título/poema/romance histórico e belicista/etc e tal do ano transacto é todo da Martha Wainwright:


I know you're married but i've got feelings too. [*]

2.6.09

O projeccionista romântico

Todas as semanas, esperava vê-la na sala. E assim que a via puxar de um livro no intervalo do filme, aumentava ligeiramente a intensidade da luz para que lesse melhor.

Cláudia Maria Barcelona

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[Our own private Tibidabo.]

prendas #1

Tenho recebido prendas maravilhosas ao longo dos últimos meses, algumas de pessoas que nem conheço. É o caso da que chegou hoje, que, entre vários filmes e um livro, trazia uma preciosidade pela qual andava a salivar que nem uma perdida:


Photobucket obrigada, zé tolas
[não poderei partilhar todas as prendas, mas tenciono publicar a maior parte, ainda que com um atraso gigante]

Your body's like a narcotic/The thought is auto-erotic/Come on and break it on down

O Dan Deacon deu um concerto i-n-e-s-q-u-e-c-í-v-e-l em Serralves em Festa. Lembram-se do vídeo que vos recomendei sobre, digamos, o novo mosh? Pois é. O Dan pediu-nos para fazer dois círculos: num houve concurso de dança e no outro deu-se uma coisa tão bonita de se ver que aqui está o vídeo para o comprovarem. Depois disso ainda fizemos uma ponte-serpentina (daquelas em que temos de passar por baixo dos braços das pessoas). Estou a falar no plural, pois estou. Porque é claro que fui lá soltar o zbiriguidófilo que há em mim. Ora vejam.





Let the music change your brain stem's chemicals
Make you feel like your spirit's invincible
(...)
Feel the connectedness energy disprojected
The way the whole collected conciousness arises like helium, UP!

[Wonderful Night, Fatboy Slim]