Sobre a inauguração da exposição de poesia:
Houve algo de inusitadamente poético e irónico na teimosia do painel do Happy and Bleeding em cair. O poema, que é um verso, pergunta-nos: E se fosse só amor, o amor? Figura no topo, bem acima das nossas cabeças, e fita-nos e nós fitamo-lo a ele. Raio de pergunta. Pesa tanto que até o painel descai. O amor, o amor. Olha, descaiu outra vez. Raios partam o amor.
Até que a Ana decide subir a mesa e dar-lhe o toque final, para que não descaia mais. Pronto, já está. A Ana prepara-se para descer. A Ana salta. A Ana dá com o joelho na cadeira, faz um corte fundo, sangra e ri-se. Agora sim, happy and bleeding. Tudo no seu devido lugar.