27.6.11

Mefisto-Mefez, volume xiv

© Anna Morosini

Mantém a namorada perto e as ex-namoradas ainda mais perto. Mefisto guarda uma de cada à mesma distância – a distância de um dedo na boca, pedindo saliva, pressionando o gatilho. Morrem todas de morte súbita, graus de tragédia diferentes. De namorada ao seu contrário, um instantinho de despromoção – só no papel, na cama não. O monstro quer, a menina sonha, a foda nasce, ou não se convencessem as inocentes de que serão elas a fazê-lo homem transformado. Só Mefisto sabe que a nova dama aflita não tardará a esfolar os joelhos no asfalto e que a fantasia dura o momento exacto de um intervalo – até novo entretenimento. Com sorte, continuará a seu lado, um passo atrás da novidade. Mas é provável que não chegue para tanto.