11.11.10

Não há Lions

As coincidências, pelo menos certas coincidências, não deixam de me surpreender, ao ponto de me pôr de quatro – não, espera – de me pôr a equacionar uma qualquer ordem cósmica a seu favor. Não estou maluquinha, não mais do que o que estava, o mundo é que, por vezes, extraordinariamente, consegue ser mais bonito do que eu. Esta semana, for no reason whatsoever, voltei a pegar nos álbuns dos Jonquil, aquela banda maravilhosa que compôs o tema mais próximo de Beirut que alguma vez ouvi, apesar de não ter nada a ver, e que, por se socorrer do meu preferido acordeão, vai directamente para a prateleira dos Dark Dark Dark, do já nomeado Beirut, das Power und Beauty, de todo o espectro tradfolk e de muitas outras belezas que de momento me escapam, mas que eu hei-de apanhar. Eu hei-de apanhar. A coincidência chega já de seguida: na mesma semana em que os retomo após prolongado jejum, é lançado no espaço ilegal o novíssimo meteorito, de seu nome «Pito». Minto, chama-se «One Hundred Suns». Ou mesmo «EP». Mas não me perguntem pela lindeza, que eu cometi a safadeza de não o ouvir na imediateza. Fui antes a correr repetir a Lions, a tal. E se tu, depois de a ouvires, não te encontrares estatelado no chão, então terás escapado ileso à beleza da queda. Não te invejarei a sorte.




(Lembram-se? Quantos de vocês ainda estarão por cá, pergunto-me.)