19.9.10

Tumblr

Hoje, numa aula, a prof. falava sobre a profusão de imagens no mundo contemporâneo, que de tão excessiva, paradoxalmente, nos cegava. Concordo perfeitamente; já concordava, aliás, antes de ouvir a prof. dizê-lo. É por isto que não gosto nada de tumblrs. Sigo apenas três tumblrs, sendo que dois não contam e o outro é de alguém conhecido. O tumblr, geralmente, é um regurgitar regurgitante de imagens. Ora as imagens, quando vistas à velocidade da regurgitação, não têm dimensão alguma. Um tipo no tumblr mete dez imagens por dia no seu blogue. dez imagens por dia, mais as imagens todas que tivemos que processar, dá muitas imagens por dia, demasiadas imagens por dia. Daí que esses tumblrs e blogues de imagens, geralmente, me aborreçam. São simplesmente blogues de imagens bonitas, e eu gosto da beleza, na verdade sou um esteta filho da mãe, mas a beleza não me chega, e muita beleza intoxica. E há que educar a capacidade de apreciar a beleza; é preciso um método, e não um sentir tudo de todas as maneiras. Isso só funciona nos poemas do Campos, e funciona porque é uma racionalização, e não o sentir tudo de todas as maneiras propriamente dito, porque se o fosse também não funcionaria. (...)


Texto surripiado ao Agarra, que é Brecht, porque também eu concordo plenamente.