24.9.10

São verdadeiras

A minha mãe quis oferecer-me um casaco. Ao tentar pagá-lo, inseriu o código errado por duas vezes. À terceira, concentrou-se – era desta. Mas voltou a falhar. Tudo porque o dono da loja, nesse momento, lhe perguntou se «aquelas pestanas da sua filha» eram «verdadeiras». Conclusão: retiveram-lhe o cartão e eu continuo sem casaco (é cor-de-rosa aos corações, um caso não tão grave quanto o daquele meu casaco que assusta as pessoas; ainda hoje um senhor idoso se encostou rapidamente à parede para me deixar passar e os trolhas do meu bairro olharam-me em silêncio [big win]). O meu irmão herdou os olhos verdes da minha mãe e eu as pestanas do meu pai. Não me parece que tenha sido, de todo, mal jogado.