7.1.09

A cena de Brooklyn e a nossa cena

Acho bem que aches fixe, mas a questão que se impõe é esta: continuas a defender que os MGMT têm "talvez o melhor disco de 2008" ou os Yeasayer destronaram-nos com todo o mérito?

Falemos de resoluções de ano novo: ou mudas de opinião ou podes devolver-me a garrafa de vinho que te levei no outro dia. Espero que não a tenhas bebido. Ou andaste a ouvir o Tom Waits?

Agora.

Essa música foi um dos meus vícios do ano, mas eu prefiro esta versão aqui abaixo. Primeiro: reúne uma data de gente num apartamento e, basicamente, podia ser a nossa passagem de ano; segundo: tem os dois ingredientes essenciais a uma música pop que se quer perfeita – coros e palminhas; terceiro: ouvir aqueles “yeah yeah” de peito aberto e em uníssono é muito libertador; quarto: a percussão é obtida com umas chaves aos encontrões a uma garrafa; quinto: vê-se um poster na parede que diz "tout va bien", o que é um irónico pano de fundo para esta letra; sexto: depois da 2080, cantam um outro tema, lindíssimo e inédito, de nome Tightrope; sétimo: o vídeo acaba com a vizinha a bater-lhes à porta.

Reparem bem nestes versos. Esta música não poderia ser mais adequada à minha geração. [A música começa ao minuto 1:28.]


I can’t sleep when I think about the times we’re living in, / I can’t sleep when I think about the future I was born into, / Outsiders dressed up like Sunday morning, / But with no Berlin wall what the hell are you gonna do?
It’s a New Year / I’m glad to be here / It’s a fresh spring / So let’s sing. / In 2080 I’ll surely be dead / So don’t look ahead / Never look ahead



Agora todos:


Yeah Yeah we can all grab at the chance to be handsome farmers, / Yeah you can have twenty one sons and be blood when they marry my daughters, / And the pain that we left at the station will stay in a jar behind us. / We can pickle the pain into blue ribbon winners at county contests