29.9.15

Vertigo

© Menina Limão

tumblr | flickr | instagram | facebook | behance

Tales (4)

Um palco de espectros, um crepúsculo a ver passar os comboios, um leitor à boleia do embalo e um maninho só meu. Mais 4 fotos em Tales Of Ordinary Sadness.

27.9.15

You play this narcissistic millennial with an art school degree and an addiction to external validation


The Game, tirado de Snackies, de Nick Sumida, via Clube do Inferno. Mais game aqui.

26.9.15

You know the answer, Betsy

25.9.15

In your orange shirt

– Estás gira.
– Estou?
– Gosto dessa camisola.
– Gostas?
– Pareces saída do Having A Coke With You.
– ?
partly because in your orange shirt you look like a better happier St. Sebastian.

Damn. ♥

18.9.15

Right on!



Jenny Lee Lindberg, a apaixonante baixista das milagreiras Warpaint, tem um disquinho a solo.
Disponível para amassos a 11 de Dezembro.
(OBRIGADA, JESUS CRISTO.)

17.9.15

-

É de mais. As ruínas da vida e, no cimo dessa confusão, o caos e a velha noite. 

Saul Bellow, Agarra o Dia, tradução de Bernardo Antunes Navarro, Relógio D'Água

Contaminações, V

– Você tem de escolher alguma coisa que esteja no momento presente, imediato, atual – disse Tamkin. – E dizer para si próprio aqui e agora, aqui e agora, aqui e agora. «Onde estou?» «Aqui.» «Quando?» «Agora.»

Saul Bellow, Agarra o Dia, tradução de Bernardo Antunes Navarro, Relógio D'Água

__

O rei dos gamos soube de repente que o dia era aquele. Os bichos estão no presente como vinho na garrafa, pronto para sair. Os bichos sabem o tempo a tempo, quando é preciso sabê-lo. Pensar nisso antes é desgraça de homens e não serve de preparação.

_

O homem sabia prever, cruzar o futuro combinando os sentidos com as hipóteses, o seu jogo predilecto. Mas do presente o homem não percebe nada. O presente era o rei [o gamo] acima dele.

Erri de Luca, O Peso da Borboleta, tradução de Simonetta Neto, Bertrand

A Palavra



«Entra o responsável cultural.

O RESPONSÁVEL CULTURAL - Eu cá nunca vi morto que ressuscitasse.

DE TRAGÉDIA - Isso é porque tens crostas nos olhos. Essa crosta aí parece-me uma crosta cultural, é a mais perigosa de todas.

O RESPONSÁVEL CULTURAL - Há várias formas de expressão que dispensam bem a palavra, e essas formas de expressão são até mais do que a palavra, porque dizem tudo o que a palavra não é capaz de dizer.

DE TRAGÉDIA - É difícil dizê-lo de maneira mais didática. Estamos aqui perante um verdadeiro propagandista da sociedade de consolo.

O RESPONSÁVEL CULTURAL - O que está para além da linguagem é o que visam hoje, de maneira muito atual, as obras mudas, mas plenamente comunicativas, as que, libertadas da afronta que a palavra faz à comunicação, comunicam o essencial sem o formularem.

Sai o responsável cultural.

DE TRAGÉDIA - O futebolista que é hoje o escritor, e o designer de escova de dentes que é hoje o filósofo, e o stripper que é hoje o orador, e o homem da tômbola que é hoje o político resolveram todos os antigos equívocos da linguagem.
Ora que feliz acontecimento.
Já a humanidade ansiava por conhecer este disparatado Ulisses que, sem dizer uma palavra para a caixa, transforma a água em vinho. Mas ei-lo que agora dribla, este nosso futebolista, o espírito pousa onde quer, e ele pensa com os pés, o que é até uma economia de papel.
Reconheçamos que o nosso futebolista ou a fritadeira elétrica ou a dança do ventre fazem coisas que Cristo não faz: fazem o que fazem. Na perfeição, aliás. São uma forma secular de milagre. A batata frita num ápice, o estádio em delírio, a pornografia para crianças, tudo isto são verdadeiros milagres. E eles fazem estes milagres todos sem pronunciar uma única palavra!
Tanto melhor. É mais moderno, fica melhor na fotografia, fica melhor.
Ficamos felizes.
Eu até já nem consigo ouvir o espírito a chorar sob as cinzas.
Sem palavras e sem promessas ficamos bem, ficamos bem melhor; sem palavras e sem promessas a palavra fica limpa, os poros fechados; sem palavras e sem promessas o cabelo fica revitalizado, a terapia adere impecavelmente ao colete, as pílulas inebriam quanto baste, e o fato cai sóbrio, sem exageros. Está-se bem, fica-se bem, sem palavras e sem promessas, nada de obsceno e tudo muito chique, percebe-se na perfeição o texto que não quer dizer nada, e são tão dramatúrgicos os figurinos de bege e o palco vazio como é de bom-tom, e os efeitos de luz levam a assinatura de um senhor a quem nunca se agradecerá o suficiente e que acaba de partir para Tóquio onde assinará uma ópera completamente revisitada. A ópera também fica bem. Porque lá os cantores são como os futebolistas, não falam, e desde que eles representam com naturalidade, já nem a ópera é ridícula e agora até combina com os apliques da sala.
Sem Palavra e sem Promessa, percebe-se melhor o texto que não diz nada, vemos até melhor o vazio, tão belo na verdade.
Calem-me esse exegeta da elegância, que eu já nem consigo ouvir o espírito que chora sob as cinzas.
Não? A bomba de merda decorativa bombeia ainda, permiti-me então gritar, pronto, vou gritar.»

Oliver Py, Epístola aos Jovens Atores Para Que Seja Dada a Palavra à Palavra, tradução de Maria Luísa Malato, Deriva

16.9.15

Tales of Ordinary Sadness


Se depender de mim, chegarei tarde a todo o lado.

Parece que tenho, finalmente, um tumblr de fotografia. Com conteúdo distinto do do flickr (talvez mais diarístico, ainda não decidi).

Tumblrs deste mundo, venham a mim!

15.9.15

WWW: West Wing wisdom

A mulher que viveu duas vezes

Futurism

and the fact that you move so beautifully more or less takes care of Futurism 

Se este não é um dos melhores versos do mundo.
Frank O'Hara, em Having a Coke With You.

The West Wing

The West Wing, desde 1999 na linha da frente do comentário à actualidade.

Auto-retrato em Monsanto

© Menina Limão - Agosto 2015

flickr | instagram | facebook | behance

11.9.15

White flag

What a surprise
It's friday night
And I'm alone on my couch watching my phone die
It's not alright
I need a life
Right now I'm sober and so bored that I could die

I want a boyfriend with a cool name
To kiss or break up with, it's all the same
I just gotta get away 'til my head's clear
I can't create, I'm not inspired here

Where'd I go wrong
Can't write a song
And I've been locked up in my room for way too long
And It's my fault
Cause I choose not
To go and hang out with my friends when they have fun

I need a tragedy or cruel fate
I'll take a good book too, it's all the same
I just gotta get away 'til my heads clear
I can't create, I fucking hate it here

Got a feeling it's about to change
And if it doesn't, I don't think I'll handle it
I think I'll go insane

Girlpool, White Flag (original das Slutever)

9.9.15

FYPM: Fuck you, pay me

Business bad?
"Fuck you, pay me."
Oh, you had a fire?
"Fuck you, pay me."
Place got hit by lightning, huh?
"Fuck you, pay me."

6.9.15

SG cruising

© Menina Limão

flickr | instagram | facebook | behance

Freedom, how's that working for you baby?


Used to have something to prove, now it's something to hide
And everyone assumes it's probably best not to pry
And anyway, you're probably fine
Now that you've got what you wanted
Now that you've got your freedom
Your freedom!
How's that working for you baby?
(...)
Did you figure it out?
Did you figure it out?
Did you figure it out?
Did you figure it out what this song is about?

3.9.15

Despair, Hangover & Ecstasy



We're breaking promises we thought we could keep
We trigger avalanches unknowingly
We travel in and out, we take off, we land
We live in airports like we don't have a plan
This is a journey and we call it home,
And when it stops we're feeling miserable, well

We're breaking promises we thought we could keep
We trigger hurricanes unwillingly
It's our fault
When it all
Breaks into everyone's lives
But are we really to blame?

It's like a pain in the chest
Despair, Hangover and Ecstasy
So many people around
We disappoint and let down
And though we're trying our best
Despair, Hangover and Ecstasy
Despair, Hangover and Ecstasy

We're breaking promises we thought we could keep
We trigger avalanches unknowingly, oh
We're not so different from convicts on the run
Freedom could kill us, but we'd rather go on
This is a journey and we wanna go far
They say we're selfish but this plane is on fire

We're breaking promises we wanted to keep
We trigger hurricanes unwillingly
It's our fault
When it all
Breaks into everyone's lives
Still we would do it again

It's like a pain in the chest
Despair, Hangover and Ecstasy
So many people around
We disappoint and let down
And though we're trying our best
Despair, Hangover and Ecstasy
Despair, Hangover and Ecstasy

Like a pain in the chest
Despair, Hangover and Ecstasy
So many people around
We disappoint and let down
And though we're trying our best
Despair, Hangover and Ecstasy
Our only mission, our destiny

2.9.15

Stalker

You are the worst stalker ever. First of all you don't even stalk me. Second you never stalk me. Worst. Stalker. Ever.

ToxicWash

1.9.15

The frame within the frame

© Menina Limão

flickr | instagram | facebook | behance

Lily Tomlin

I always wanted to be somebody, but now I realize I should have been more specific.

– Lily Tomlin (rapi bersdei, gurl)